# CYORGS – Organizações Associativas Cibernéticas Dissertação apresentada à Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira – UNESP como parte dos requisitos para obtenção do título de Mestre em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos – PROFÁGUA Título Uma plataforma tecnológica para organizações associativas cibernéticas: Escritório da Resiliência Hídrica (A technology platform for cyber associative organizations: Water Resilience Office ) Orientador Prof. Dr. Jefferson Nascimento de Oliveira Tese de Mestrado (Master thesis) Programa de Mestrado em Rede Nacional de Gestão e Regulação de Recursos Hídricos (PROFÁGUA) – FEIS Área de concentração Instrumentos da Política de Recursos Hídricos Data 01-03-2019 (2019-03-01) DOWNLOAD Disponível em: http://hdl.handle.net/11449/183348 # ABERTURA RESUMO Os direitos da natureza são indispensáveis para a harmonia nos espaços de atuação e desenvolvimento da vida, onde o uso e a ocupação do solo impactam diretamente na disponibilidade e qualidade de recursos fundamentais como a água e outros bens comuns. Com a observação de iniciativas transnacionais, governamentais, laboratórios de ciência aberta, empresas e ONGs, esta pesquisa exploratória consolida cenários sobre intensos fluxos de multidões à deriva de projeções e sobre a capacidade adaptativa de aglomerados no Antropoceno. São elementos onde a Internet e os paradigmas do serviço total incitam plataformas digitais para novos produtos e serviços, adequadas à realidade dos jogos sociais contemporâneos. Com bases e referenciais em governança eletrônica para as águas, os resultados das explorações resultam na descoberta das organizações associativas cibernéticas (cyorgs) e as características fundamentais dos Escritórios da Resiliência Hídrica. Amparados por espaços antropológicos, de interação e implementações estratégicas de inovação em sustentabilidade, os produtos constroém a plataforma ÁguasML - Bem Comum em Mídia Livre, implementada digitalmente com código aberto via portais de notícias, ambientes de aprendizagem, automatizações e aplicativos para coleta e distribuição de dados. Apontam também alguns dos componentes das plataformas hidrotecnológicas nos Escritórios da Resiliência Hídrica, assim como os conteúdos, as experiências e as características de tecnologias resilientes em situações de escassez hídrica e vulnerabilidade de direitos. Estes escritórios dão suporte a alternativas de aprendizagem e instrumentos de gestão dos bens comuns hídricos, orientando as organizações cibernéticas no uso de Tecnologias de Informação e Comunicação para a sobrevivência compartilhada. Palavras-chave: Plataformas digitais. Recursos hídricos. Organizações associativas. Inteligência do enxame. Cibernética. # Agradecimentos O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001, que junto à UNESP de Ilha Solteira, a Agência Nacional de Águas (ANA) e o Programa de Mestrado Profissional em Rede Nacional em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos (ProfÁgua), garantiram excelente apoio técnico e científico, com brindes de inspiradoras orientações, fundamentais. Os agradecimentos se estendem, direta ou indiretamente, aquelas pessoas que criam felicidades na proporção da alegria em cada lembrança, estímulo e aprendizado. Meu muito obrigado a todos os esforços das pessoas queridas que ofertaram um pouquinho, ou muito de si, para a realização deste trabalho. Auspiciosos e admiráveis seres, me valem dúvidas se fui capaz de fluir toda a magia que recebi e vivenciamos juntos. Mãe, pai, irmãos e amores, há também agradecimentos por todos e todas que dedicam esforços para um outro mundo possível, inibindo o terror da consciente possibilidade de uma sociedade desfragmentada, autodestrutiva e produtora de extinções.
[](https://livros.aguas.ml/uploads/images/gallery/2019-06/B1UL7pwYZfTQDEIL-logo-unesp.png) | [](https://livros.aguas.ml/uploads/images/gallery/2019-06/aA901KZESCexqwEh-logo_oficial_profagua_cc.png) | [](https://livros.aguas.ml/uploads/images/gallery/2019-06/GPdRlOVoa9CCIAQT-anaguas-cc.png) |  |
**Item em diálogo** | **Subitens** |
Duração ou Data de criação | |
Escala | Bairro |
Região | |
Aberto | |
Tradicional ou Novo comum? | |
Origem | Natural |
Cultural | |
Riqueza | Benefícios gerados |
Outros beneficiários | |
Número de participantes | |
Conexão Geográfica do Recursos | |
Criação | Processo constituinte |
Custo de manutenção | |
Tipos de Regras | |
Resolução em conflitos | |
Produção biopolítica | Nível de conflito |
Prós e contras | |
Biopotência | |
História do bem comum | Micro local |
Cidade | |
Acesso | Aberto |
Restrito | |
Recursos / Produção | |
Material / Artificial | |
Renda | |
Benefícios indiretos | |
Comunidade/rede | Conexão Rede / Rede Local |
Identidade | |
Localização | |
Multiplicação de singularidades | |
Ferramentas sociotécnicas envolvidas | |
Gerenciamento formal | |
Processos decisórios | |
Relações internas de poder | |
Conflitos | |
Relação entre público e privado | Leis |
**Componente** | **Descrição** |
Coordenação | Organização das ações com uma finalidade através da sincronização (temporal) e orientação (espacial) |
Cooperação | Combinar esforços e dividir a tarefa que não pode ser realizada por um só atuador |
Deliberação | Mecanismo de escolha coletiva frente a muitas possibilidades gerada pela primazia competitiva de uma opção |
Colaboração | Diferentes atividades realizadas simultaneamente, por grupos especializados |
**Princípio SI** | **Descrição analítica** |
Proximidade | O grupo deve ser capaz de reconhecer a construção do espaço comum em determinados passos de tempo |
Da escalabilidade | Os sistemas multi-agentes, dado a baixa sobrecarga tanto na comunicação quanto no processamento, permitem ganhos na complexidade necessária para enfrentar situações de problemas |
Da qualidade | O grupo deve ser capaz de responder a fatores cíclicos na qualidade do ambiente disponível |
Da adaptabilidade | O grupo deve ser capaz de alterar o modo de comportamento quando vale a pena o esforço |
Do paralelismo | Enxames inteligentes tem uma capacidade maior do que um agente somente ao abordar tarefas. Com inúmeros pontos de vista, enxames podem criar subtarefas e realizá-las ao mesmo tempo |
Da robustez | A redundância nas funções e programação de um enxame elimina a possibilidade de desastres, em casos onde o sistema apresentar falhas. Enxames robustos são iterativos, interdependentes entre si e “desencadeiam mudanças mútuas de estado” |
Figura 12 - Rascunho do Projeto Cybersyn e estratégia de amostras |
Figura 13 - A Escada da Participação Cidadã de Sherry Arnstein |
**Instâncias e Mecanismos** | **Representantes** | **Constituição** | **Caracterização** | **Virtual** |
Sociedade Civil | · - Cidadão · - Coletivos · - Movimentos sociais institucionalizados ou não · - Redes e organizações | Autônoma | As pessoas comuns | Opcional |
Conselhos de Políticas Públicas | · - Colegiado | Instituída por ato normativo | Instância colegiada temática permanente | Opcional |
Conferência Nacional | · - Governo · - Sociedade civil | Convocação | Instância periódica de debate, de formulação e de avaliação sobre temas específicos e de interesse público | Sim |
Comissão de Políticas Públicas | · - Colegiado | Instituída por ato normativo | Instância colegiada temática, com prazo de funcionamento vinculado ao cumprimento de suas finalidades | Opcional |
Ouvidoria Pública Federal | · - Colegiado | Interna | Instância de controle e participação social, responsável pelo tratamento das reclamações, solicitações, denúncias, sugestões e elogios relativos às políticas e aos serviços públicos, prestados sob qualquer forma ou regime | Sim |
Mesa de Diálogo | · - Sociedade Civil · - Governo | Convocação | Mecanismo de debate e de negociação entre diretamente envolvidos, tem o intuito de prevenir, mediar e solucionar conflitos sociais | Não |
Fórum Interconselhos | · - Integrantes dos Conselhos · - Integrantes da Comissões de Políticas Públicas | Convocação | Mecanismo para o diálogo com o intuito de acompanhar as políticas públicas e programas governamentais para formular recomendações sobre intersetorialidade e transversalidade | Sim |
Audiência Pública | · - Aberto a qualquer pessoa · - Governo | Convocação | Mecanismo participativo de caráter presencial e consultivo, possível manifestação oral dos participantes para subsidiar decisões governamentais | Não |
Consulta Pública | · - Aberto a qualquer interessado | Prazo definido e caráter consultivo | Mecanismo participativo que visa a receber contribuições por escrito da sociedade civil sobre determinado assunto, na forma definida no seu ato de convocação | Opcional |
Ambiente virtual de participação social | · - Administração pública · - Sociedade Civil | Opcional | Mecanismo de interação social que utiliza TICs, como a Internet e redes livres | Sim |
**Potencializador** | **Detalhes descritivos de ações** |
Desenho da Política Pública | · Histórico da formação da política · Aspectos operacionais · Financiamento · Campo de atuação da política pública · Credenciamento |
Conhecer interesses comuns | · Construir diagnósticos · Criar sistema de monitoramento |
Mecanismos de interface | · Visitas para publicizar · Pareceres · Visitas de conselheiros |
**Limitadores** | **Detalhes descritivos de ação** |
Desenho da Política Pública | · Papel da União · Papel do Conselho · Relação do Conselho com a democracia representativa |
Falta de uma sistemática permanente de integração | · Falta sistemática de publicização · Desperdício da energia inicial |
Disputa | · Conhecimento necessário · Visões sobre o problema · Heterogeneidade dos conselheiros |
Dinâmica interna do Conselho | · Agenda sobrecarregada · Ações burocráticas |
Mecanismos governamentais | · Capacitação dos Conselheiros governamentais · Estrutura institucional · Institucionalizar a participação · Mecanismo intragovernamentais de compartilhamento · Ministério na qual o conselho está associado · Estrutura de suporte |
**Espaço Antropológico** | **Entendimento** |
Espaço Nômade da Terra | A Terra é justamente o mundo de significações, que irrompe no paleolítico, na linguagem, nos processos técnicos e nas instituições sociais |
Espaço Territorial | O Território trabalha para recobrir a Terra nômade, diminuir as margens |
Espaço das Mercadorias | O espaço das mercadorias é aplainado, mantido, aumentado por uma máquina desterritorializante, que se auto organizou de uma só vez e a partir daí se alimenta de tudo o que encontra pela frente |
Espaço do Conhecimento | O Espaço do Conhecimento não existe. É, no sentido etimológico, uma utopia, um não-lugar. Não se realiza em parte alguma. Mas se não se realiza já é virtual, na expectativa de nascer |
Figura 14 – Variações nas configurações de rede conforme conexões e fluxos |
**País** | **Índice** |
Dinamarca | 0.9150 |
Austrália | 0.9053 |
República da Korea | 0.9010 |
Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte | 0.8999 |
Suécia | 0.8882 |
Finlândia | 0.8815 |
Singapura | 0.8812 |
Nova Zelândia | 0.8806 |
França | 0.8790 |
Japão | 0.8783 |
**País** | **Índice** |
República da Korea | 1.0000 |
Dinamarca | 1.0000 |
Finlândia | 1.0000 |
Holanda | 0.9888 |
Japão | 0.9831 |
Nova Zelândia | 0.9831 |
Austrália | 0.9831 |
Espanha | 0.9831 |
Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte | 0.9831 |
Estados Unidos da América | 0.9831 |
Noruega | 0.9775 |
**Estilos organizacionais** | **Áreas de Decisão** |
Monarquia do Negócio | Princípios da TI |
Monarquia da TI | Infraestrutura de TI |
Feudo de TI | Arquitetura da TI |
Duopólio | Necessidades das Aplicações |
Federação de TI | Investimento em TI |
Anarquia |
**Componentes** | **Pergunta-chave** | **Âmbitos** |
**Conteúdo** | O que é consumido? | Informações e conhecimento |
Produtos tangíveis e intangíveis | ||
**Experiência** | Como é empacotado? | Experiência do Usuário |
**Plataforma** | Como é entregue? | Tecnologias e processos internos |
Redes privadas ou públicas |
**Produção Digital Tradicional** | **Produção Digital Compartilhada** |
Foco no custo | Foco no talento dos desenvolvedores |
Escopo e desenvolvimento fixos | Nada está pronto, o escopo e o desenvolvimento mudam sempre |
TI de silo e Soluções autônomas | TI integrada e soluções compartilhadas |
Grandes organizações dominam mercado estabelecido | Organizações de nicho em um mercado fragmentado |
Contratos longos com SLA complexo | Contratos curtos com flexibilidade na negociação |
Figura 15 – Fotografias dos distintos usos dos ambientes de experimentações |
Figura 16 - Imagem estática de jogos e simulador financeiro para realidade virtual |
**Abrangência** | **Base disponível** |
**Institucional** | Agências de água |
Comitês de bacias hidrográficas | |
Comitês estaduais | |
Comitês interestaduais | |
Comitês únicos | |
Unidades estaduais de planejamento e gestão de recursos hídricos (UEPGRH) | |
Mapa da cobrança | |
Outorgas de direito de uso de recursos hídricos | |
Reserva de disponibilidade hídrica para aproveitamentos hidrelétricos | |
**Divisão Hidrográfica** | Sub-bacias hidrográficas DNAEE |
Bacias e sub-bacias do DNAEE | |
Base hidrográfica ottocodificada multiescalas 2013 | |
Divisão de bacias | |
Resolução n° 30 do CNRH | |
Corpos hídricos superficiais | |
Disponibilidade hídrica superficial | |
Bacias hidrográficas ottocodificadas (níveis otto) | |
Área de contribuição hidrográfica (nível 1) | |
Área de contribuição hidrográfica (nível 2) | |
Área de contribuição hidrográfica (nível 3) | |
Área de contribuição hidrográfica (nível 4) | |
Área de contribuição hidrográfica (nível 5) | |
Área de contribuição hidrográfica (nível 6a: 39 a 63) | |
Área de contribuição hidrográfica (nível 6b: 64 a 89) | |
**Mapas Hidrográficos** | Índice de estado trófico |
Produto interno bruto | |
Reservatórios de grande porte | |
Barragens reguladas pela ANA | |
Fiscalização de barragens | |
Índice de desenvolvimento humano | |
Áreas protegidas cujos recursos hídricos são de domínio da união | |
Índice de qualidade da água | |
Corpos hídricos de domínio da união | |
Sistema hidroviário | |
Sistemas aquíferos | |
Precipitação | |
Amazônia legal | |
Desmatamento | |
Trechos de drenagem em terras da união | |
Divisão hidrográfica | |
Divisão hidrográfica segundo o plano nacional de recursos hídricos | |
Divisão hidrográfica segundo o conselho nacional de recursos hídricos | |
Divisão hidrográfica segundo a metodologia de ottocodificação | |
Áreas protegidas cujos recursos hídricos são de domínio da união | |
**Balanço Hídrico** | Balanço hídrico qualitativo |
Balanço hídrico quali-quantitativo | |
Balanço hídrico quantitativo | |
Bacias e trechos de especial interesse | |
**Usos** | Abastecimento urbano de água |
Demandas hídricas consuntivas | |
Vazão de retirada para dessedentação animal (m³/s) | |
Vazão de retirada para uso industrial (m³/s) | |
Vazão de retirada para irrigação (m³/s) | |
Vazão de retirada para abastecimento rural (m³/s) | |
Vazão de retirada para uso urbano (m³/s) | |
Vazão de retirada total de água (m³/s) | |
Nota técnica da atualização da base de demandas de recursos hídricos no brasil | |
Mapa interativo (SNIRH) | |
Hidroeletricidade | |
Pivôs centrais de irrigação | |
**Eventos Hidrológicos Críticos** | Vulnerabilidade a inundações |
Eventos de secas | |
Polígono das secas |
**ÁGUASML** | Águas Bem Comum em Mídia Livre |
**ANA** | Agência Nacional de Águas |
**CAPIN das Águas** | Comunidade de Aprendizagem Integrativa das Águas |
**CBH-PCJ** | Comitê de Bacia Hidrográfica dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí |
**CETESB** | Companhia de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo |
**CPRM** | Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais |
**CPTEC** | Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos |
**CYORGS** | *Cybernetics Organizations* |
**DAEE** | Departamento de Águas e Energia Elétrica |
**ECO-92** | Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento |
**HN** | Harmony with Nature |
**IBGE** | Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística |
**INPE** | Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais |
**IPCC** | Intergovernmental Panel on Climate Change |
**ODS** | Objetivos de Desenvolvimento Sustentável |
**ONU** | Organização das Nações Unidas |
**PERH** | Política Estadual de Recursos Hídricos |
**PNRH** | Política Nacional de Recursos Hídricos |
**PNUD** | Programa das Nações Unidas ao Desenvolvimento |
**PORTO RURAL** | Permacultural Office of Resilience Through the Open-Earth |
**PROJETA** | Projeções de mudanças do clima para a América do Sul regionalizadas pelo *Modelo Eta* |
**RCP** | Representative Concentration Pathway |
**SABESP** | Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo |
**SIAGAS** | Sistema de Informações de Águas Subterrâneas |
**SI** | Swarm Intelligence |
**SO HYBAM** | Environmental Research Observatory "Geodynamical, hydrological and biogeochemical control of erosion/alteration and material transport in the Amazon, Orinoco and Congo basins |
**UGRHI** | Unidade Hidrográfica de Gerenciamento de Recursos Hídricos |
**UNESP** | Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” |